
Autoconhecimento para Empreender
Para nós mulheres, falar e fazer empreendedorismo sempre foi mais desafiador. Por mais que alguns digam que não, que basta querer. Sabemos que entrar no mercado de trabalho, trazendo inovação e conciliar as várias atividades que nós mulheres possuímos não é tarefa das mais fáceis.
Quando nos tornamos mães (casadas ou solas) isso fica ainda mais complexo. São tantos os afazeres, agendas a serem alinhadas, rede de apoio a ser mobilizada, mas de todos os elementos que envolvem encarar esse desafio a culpa é o sentimento que normalmente está presente e se torna nosso companheiro de trabalho.
Sentimos culpa por não poder participar daquela reunião de família, daquele happy our com os amigos, por não ter aquele final de semana livre, pois precisamos (e queremos) estudar. Ou então porque não vamos buscar os filhos todos os dias na escola, não conseguimos sentar no sofá e assistir aquela série com eles, em fim, eu poderia ficar aqui escrevendo duas páginas inteiras de motivos pelos quais nós mulheres nos culpamos por empreender.
Mas a pergunta que eu faço é, por que você se culpa? Qual a origem da culpa?
A palavra culpa no dicionário é definida como “responsabilidade por dano, mal, desastre causado a outrem”. Ou seja, nos culpamos por fazer algo errado ou equivocado por ausência de consciência, informação ou até mesmo ausência de controle emocional.
Mas onde aprendemos que uma mulher que busca seus objetivos, que possui ambições, que abre caminhos e até mesmo gosta de ser participativa na sociedade está errada ou causando dano?
A resposta é bem simples até, são ensinamentos que vieram a muitos e muitos anos, eu diria até mesmo geracionais por meio do exemplo de como a mulher deve ter um lugar mais recolhido, mais doce, mais discreto na sociedade. Ou as vezes aprendemos pelo exemplo que mulher não tem capacidade, ou que ela não pode fazer determinadas atividades e funções por ser mulher, por ter uma origem diferente, os motivos são realmente inúmeros e as vezes olhando de uma perspectiva racional nem faz tanto sentindo assim que aquela experiência possa ser a causadora de determinados bloqueios.
Porém tudo está na nossa mente inconsciente, naquela área do cérebro que não exste julgamento e acolhe tudo que é dito em sua fase de formação entre 0 á 7anos aproximadamente, além de toda experiência social em nossa formação que também corrobora para essas aprendizagens. Mas a sua potencia também vem de lá e poder ser ressignificada e modificada nesse mesmo local. Nós temos todos os recursos necessários para superar os desafios impostos pela vida e pela sociedade, basta descobrir dentro de cada uma onde está o seu. Cada um com seu jeito, com sua habilidade, mas todas com grandes potencias esperando ser acordadas.
Ser uma mulher empreendedora não significa abandonar sua feminilidade, doçura, acolhimento, cuidado com o próximo, sua afetividade e sensibilidade.
Significa fazer e trazer soluções novas com toda essa sensibilidade da mulher sem se perder, sem se misturar ao meio, acreditando que alinhada ao seu coração o seu melhor vais ser entregue e irá reverbera em excelentes resultados. O caminho não se torna mais fácil por se conhecer, de forma alguma, mas as chances de você persistir aumentam quando faz algo com paixão e alinhada com a sua alma, pois você saberá utilizar o recurso adequado para cada situação.
A mulher possui a energia de criação em seu corpo, mesmo que não seja mãe ela pode co-criar sonhos e a realidade que ela quiser. Desde que esteja alinhada energeticamente com seu feminino e masculino. Quando reconhece suas polaridades e encontra o caminho do meio.
Reconheça sua potencia, se autoconheça, saiba de onde vem suas limitações e trabalhe nelas para criar a realidade que você veio viver nessa jornada. As ferramentas estão a sua disposição, encontre a que você se identifique, busque, invista em você e viva a história que você escolhe para sua vida e não a história que querem que você viva!
Dafna Correa Rodrigues
Desenvovimento Humano e Terapias Energéticas

